Algumas explicações, antes de qualquer coisa:
Quando eu estava na alfabetização, na primeira semana de aula, a professora chama minha mãe à escola e diz:
"A senhora tem que mudar seu filho de escola. Ele NUNCA aprenderá a ler nem a escrever, se a senhora não colocá-lo numa escola para crianças especiais."
Minha mãe, sábia que era, decidiu que eu tinha de mudar de SALA. DE PROFESSORA.
Na semana seguinte eu lia e escrevia. Sem as "paradinhas" que as outras crianças tinham, como "I....vo.....Vi.....u....a............u.......va.......". Eu lia logo "Ivo viu a uva" e perguntava à professora por quê o Ivo não comia a uva, ao invés de ficar só olhando. E escrevia os motivos que faziam com que Ivo ficasse somente olhando a porra da Uva.
Demorei, portanto, quinze dias para aprender a ler e escrever.
Minha mãe sempre me incentivou a ler. Minha família sempre me incentivou a ler. EU sempre me incentivei a ler.
Na infância, eu lia revistas em quadrinhos. Na pré-adolescência, eu continuei a ler as revistas em quadrinhos; mas livros iam sendo lidos cada vez mais. Na adolescência, "descobri" a biblioteca de minha tia (em Recife).
É aí que chega o ponto-master-principal-plus desse preâmbulo-introdutório ao post propriamente dito: Foi nessa biblioteca de minha tia, aos treze anos de idade, que eu descobri RICHARD BACH. Foi aos treze anos de idade que eu descobri FERNÃO CAPELO GAIVOTA.
Li e re-li o livro várias vezes. A cada vez eu tinha uma nova visão, uma nova interpretação de algum pormenor do livro.
Fui crescendo e descobrindo outros autores. Fui entrando na fase adulta e passei a ler mais livros técnicos de minha área de estudos (Administração de Empresas, Marketing, Pesquisas Sociais, Estatística, Inteligência Estratégica, Simulação Computacional etcoetera) e "esqueci" do Richard Bach...
Nesse ínterim, movido pelos ensinamentos do Insensato, eu passei a querer analisar o mundo. A analisar as notícias, os fatos, as interconexões... E "conheci" muita gente boa que também faz isso (Até melhor que eu. MUITO MELHOR QUE EU.).
Uma dessas pessoas tem um canal no youtube ao qual eu sempre "bisbilhoto". Sou inscrito na página dela. Sempre passo lá em busca de informações.
Pois foi essa pessoa quem me fez voltar a lembrar de Richard Bach. Me fez voltar a lembrar de Fernão Capelo Gaivota.
Ela "favoritou" FERNÃO CAPELO GAIVOTA (FILME 1973) [1/10] e eu imediatamente fiz uma playlist. E vi. E revi. E lembrei por quê eu tinha gostado TANTO do livro...
Deixando de blábláblá e tititi, firulas a parte, O filme Fernão Capelo Gaivota segue abaixo. Mas ANTES, vejam o clipe abaixo, ok?
Informações: Gênero: Drama
Duração: 99 min
Ano de Lançamento: 1973
Idioma : Português / Inglês
Sinopse: O filme é uma alegoria sobre a importância de se buscar propósitos mais nobres para a vida. O autor usa uma gaivota como personagem principal. Um pássaro que, diferente dos outros de sua espécie, não se preocupa apenas em conseguir comida. Este está preocupado com a beleza de seu próprio vôo, em aperfeiçoar sua técnica e executar o mais belo dos vôos. Uma metáfora sobre acreditar nos próprios sonhos e buscar o que se quer, mesmo quando tudo parece conspirar contra isso.
Ah, sim: A frase que dá título ao post, é uma das frases finais do livro.
Espero que vocês descubram os easter eggs no texto... E deleitem-se.
Abraços a todos e beijos à todas,
João Bosco De Oliveira Júnior.
2 comentários:
tem uma parte que eu achei essencial, quando tiver tempo quero ver se transcrevo no canal.
ainda bem que só nessa altura da minha vida eu pude ter acesso a isso, se fosse antes, eu nao teria valorizado, entendido, da forma como a mensagem dessa obra deve ser.
eu devo agradecer muito, muitas coisas na minha vida, só hoje eu vou me dando conta, uma delas é que muitas coisas na minha vida chegaram na hora certa e no momento certo. obrigada!!
Olha, farei o possível para ler o livro! Fiquei com muita vontade ler!
Parabéns pelas palavras!
Abraço! =)
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